Data: 28-10-2011
Criterio: B1ab(iii)
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
A espécie ocorre no domínio fitogeográfico Mata Atlântica, nos Estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro e está sujeita a cinco situações de ameaça. A região do Distrito de Morro do Coco, sul do Estado do Rio de Janeiro, há muito vem sendo alterada pela agricultura e pecuária, assim como Armação de Búzios, onde o hábitat da espécie está sujeito às ameaças do alto apelo turístico da região, com a construção de grandes condomínios. Segundo informações, a espécie é rara, foi coletada em 1890 em Copacabana, no município do Rio de Janeiro, e no município de Itapemirim, Estado do Espírito Santo, e só voltou a ser coletada na natureza em 1997. Considerando que a AOO (24 km²) vem sofrendo degradação, a espécie foi categorizada como "Em perigo" (EN). Estudos populacionais são recomendados.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Goeppertia tuberosa (Vell.) Borchs. & S.Suárez;
Família: Marantaceae
Sinônimos:
A espécie ocorre no bioma Mata Atlântica, nos Estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro (Braga, 2011)
Segundo Braga; Andreata (1997/98), a espécie é originária das matas marítimas (restingas) e mediterrâneas (encostas da Serra do Mar), habitando local sombrio e seco. Entre as espécies de Marantaceae, o sucesso reprodutivo está associado à participação de polinizadores eficientes no desencadeamento do mecanismo de disparo do estilete, bem como com a precisa transferência dos grãos de pólen para o corpo do polinizador. Essa associação entre eficiência de polinizadores e precisa deposição dos grãos de pólen é de extrema importância para a reprodução das espécies dessa família, uma vez que o mecanismo do estilete, após ser desencadeado, não volta mais para sua posição inicial (Leite; Oliveira, 2007).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência
national
Severidade
very high
Detalhes
Resta menos de 7% da cobertura original de MataAtlântica, que foi intensamente degradada pela perda de habitat, vinculada àretirada de lenha, exploração ilegal de madeira, caça, extrativismo ilegal einvasão de espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Criticamente em perigo" (CR), segundo a Lista do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007)
- LEITE, M. S.; OLIVEIRA, J. B. A Família Marantaceae nos Herbários do Estado de Pernambuco: Distribuição e Conservação. Revista Brasileira de Biociências, v. 5, n. 2, p. 789-791, 2007.
- BRAGA, J. M. A.STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. S., ET AL. Marantaceae. 2009. 516 p.
- BRAGA, J. M. A.; ANDREATA, R. H. P. Zingiberales - Novidade Taxonômica. O restabelecimento de Calathea tuberosa (Vellozo) Koernicke (Marantaceae). Eugeniana, n. XXIII, p. 9-13, 1997.
- STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 516 p.
- SIMONELLI, M.; FRAGA, C.N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo, IPEMA, Vitória, ES, 2007.
CNCFlora. Calathea tuberosa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Calathea tuberosa
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 28/10/2011 - 16:08:44